As aventuras da Teresinha no café #1

Não deve haver empregada de balcão com mais paciência que eu, e não pensei que sou convencida, porque o que eu aturo, nunca vi ninguém aturar.

E por isso resolvi começar esta bela rubrica, primeiro porque de vez em quando tomo conta do império da mãe da minha melhor amiga, e porque apesar de ter 22 anos, toda a gente (os velhos)  me chama "Teresinha", algo que me faz revirar os olhos.

Por isso sejam muito bem-vindos às "As aventuras da Teresinha no café"!

Ora bem, digamos que tenho um cliente que embirra com TUDO, mas com TUDO mesmo, ou o vinho tem poucos graus, ou tem muitos graus, os amendoins são salgados, os amendoins não são salgados, a torrada tem muita manteiga, não sorri o suficiente quando ele entrou - juro-vos que ele me disse isso! 

Mas hoje atingi o meu limite, pediu-me um café e um Constantino (para quem não sabe, o Constantino é tipo licor), tirei o café e servi o licor, servi com sempre lhe servi a merda do licor, pôs-se a embirrar que o copo estava mal servido, que no café X, a empregada servia melhor... sorri e disse-lhe "como a patroa sabe que eu costumo sorrir muito, e para não me ter que pagar mais, andamos a cortar nos licores".